Timbila: Património Oral e Imaterial da Humanidade
Origem da timbila
As primeiras referências à Timbila surgem em escritos portugueses do século XVI.
A timbila (instrumento), quanto à sua existência na costa sudeste de África, considera-se que tenha provavalmente surgido em resultado dos contactos, no século X, com a actual Indonésia (onde existe também este instrumento); A timbila é originária do povo chope (em Zavala, Inharime, Panda, Vilanculos e Homoine), província de Inhambane, sul de Moçambique.
Descrição:
A timbila é um instrumento tradicional moçambicano da família dos xilofones. A timbila (plural de mbila = lâmina de madeira) apresenta a sua particularidade nas massalas (nas cabaças de vários tamanhos que funcionam como caixas de ressonância e que se encontram por baixo de cada lâmina de madeira); Cada lâmina apresenta um pequeno orifício pelo qual o som é transmitido até à caixa de ressonância.
A timbila
É, a timbila, uma arte transmitida de pais para filhos; Demora perto de três meses e meio.
Execução:
A tímbila é tocada com duas baquetas que na ponta têm um anel de borracha; A constituição da orquestra de timbila, são necessários vários tipos de mbilas que se diferenciam pelo número, tamanho (em comprimento e largura) e pelo tamanho das suas cabaças.
Antigamente:
Em encontros designados de “msaho”, nestes os chefes tribais e tradionais (em Zavala) reuniam as populações para confratenizarem, cantando e dançando.
Nesses encontros, realizavam-se actuações musicais e dançantes com timbilas (escolhia-se e premiava-se melhores artistas) e discutiam-se detalhes relacionados com as construções das timbilas.
Actualmente:
Na Primavera, realizam-se festivais de timbilas que reunem as melhores orquestras para a apresentação e avaliação de novas composições musicais.
Cada uma das orquestras pode reunir até vinte músicos e apenas compor uma peça por ano (sempre a partir da anterior) para que se mantenham as particularidades musicais de cada orquestra.
A timbila é obra prima do património oral intangível da humanidade constituindo o reconhecimento de uma manifestação cultural autóctone que não é mais pertença somente das comunidades Chope ou dos moçambicanos como povo, mas sim da humanidade. (ex-vice Ministro da Educação e Cultura: Antónia Xavier ).
Em 2004, a timbila foi considerada património mundial pela UNESCO e Novembro de 2005: - É reconhecido o estatuto universal.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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2 comentários:
Amei esta informacao...gostava que deixassem mais informacao do genero, nao so de eventos culturais mas tambem de bairros historicos culturais, como mafalala, chamanculo, etc.
Erica, muito agredecido pelo seu comentário. E mais, havia escrito o texto com informacões colhidas também deste meio e não tinha feito uma revisão do texto. Despertaste-me a atencão e vou melhorar o texto e tentar abordar o k sugeres. Abracão
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